Ser e Não Ser

Vivemos num mundo dual. Essa dualidade está bem expressa no conceito oriental do Yin e Yang que se encontra simbolizado desde as eras mais remotas em muitas tradições, tais como o Taoísmo, o Xintoísmo, o Budismo, o Judaísmo e o Cristianismo. Todas elas proclamam que a infinidade una se manifesta em tendências complementares antagónicas, numa mutação sem fim. Significa que todos os antagonismos são complementares e um não existe sem o outro. Um determinado conceito não existe por si só, ou não tem significado sem a existência do seu complementar. Assim, o conceito de leve não pode ser dissociado do pesado, o frio do quente, o alto do baixo, o maior do mais pequeno, o exterior do interior, o feminino do masculino, e por aí fora. A concretização desta ideia em linguagem fotográfica iniciou-se com o projecto “Ser e não Ser” mostrado na exposição IN LUDO, efectuada no Museu da Imagem em Movimento (MIMO), em Leiria, Dezembro de 2013 (curadoria de António Guerra). O que aqui se mostra é parte desse projecto e sua continuação que prossegue sem fim à vista.

Nota: Esta exposição esteve também patente na Galeria dos Paços de Ourém, em Fevereiro de 2018.